quarta-feira, 27 de maio de 2015

CNIDÁRIA

    O filo Cnidaria,antigamente chamado Coelenterata,está representado pelas hidras,medusas,anêmonas-do-mar,que são indivíduos isolados,e pelas caravelas e polos corais,que são coloniais.
São animais diblásticos.Existem basicamente dois tipos morfológicos de indivíduo: as medusas,que são geralmente natantes, e os pólipos,que são sésseis. 
   Os pólipos e as medusas,formas de vida aparentemente muito diferentes entre si,possuem características em comum e que definem o filo.
   Tanto pólipo como a medusa apresentam boca mas não possuem ânus. O alimento ingerido passa para a cavidade gastrovascular,onde é parcialmente digerido e distribuído. Depois é absorvido pelas células que revestem essa cavidade,onde se completa a digestão. Esta é, portanto , em parte extracelular e em parte intracelular. Os restos não aproveitáveis são eliminados pela boca. Na região oral existem tentáculos,que participam da captura de alimento e também da defesa do animal. 
   As camadas de células que ocorrem nos cnidários são:
  • a epiderme(derivada do ectoderma do embrião), que reveste o corpo externamente;
  • a gastroderme(derivada do endoderma),que reveste a cavidade gastrovascular.
   Entre a epiderme e a gastroderme existe uma camada gelatinosa denominada mesogléia,mais abundante nas medusas do que nos pólipos. Por isso as medusas em aspecto gelatinoso,fato que lhes valeu a denominação popular de "águas-vivas".O teor de água em seus corpos é elevado:cerca de 98% do peso total do animal.

Nos cnidários,exite um tipo especial de célula denominada cnidócito,que aparece em maior quantidade nos tentáculos. Ao ser tocado,o cnidócito "dispara" o nematocisto,estrutura geralmente penetrante que contém um longo filamento,através do qual o líquido urticante contido em seu interior é eliminado. Esse líquido pode paralisar a presa. Em seres humanos,pode causar sérias queimaduras.




Os cnidários apresentam sistema nervoso,embora bastante primitivo,com os neurônios dispostos de modo difuso pelo corpo.
Enquanto alguns pólipos são fixos,outros podem se deslocar,como exemplificado pela hidra,um cnidários muito comum em água doce.
Nas medusas,a locomoção é mais ativa,sendo realizada por um mecanismo denominado jatopropulsão: os bordos do corpo se contrem,e a água acumulada na face oral é expulsa em jato,provocando o deslocamento do animal no sentido oposto.A capacidade de alterar a forma do corpo,determinando movimentos e deslocamentos,deve-se à presença de células especiais com função de contração,mas que não são células musculares verdadeiras, pois não derivam do mesoderma,que só ocorre em animais triblásticos.

A respiração e a excreção ocorrem por difusão através de toda a superfíciea do corpo. Não existem estruturas especiais relacionadas com esses processos.

CLASSIFICAÇÃO DE CLASSES:

As principais classes dos cnidários são:
  • Hydrozoa - hidras e caravelas;
  • Scyphozoa - águas -vivas
  • Anthozoa - anêmonas e corais; e
  • Cubozoa - cubozoárioa, como a vespa do pacífico. 

Classe Hydrozoa


   A classe dos hidrozoários possui inúmeros representantes, além da hidra. Todos os demais componentes dessa classe são marinhos. Dentre eles, podemos citar como exemplo a Obelia e a caravela (Physalia), este um indivíduo colonial muito comum nos mares tropicais e temperados.
Na Obelia, a reprodução ocorre durante um ciclo em que se alternam pólipos (fase assexuada e duradoura) e medusas (fase sexuada e pouco duradoura). Dois tipos de pólipos existem em um polipeiro (colônia): o nutridor e o reprodutor. Os reprodutores geram medusas por brotamento. Essas, de pequeno tamanho, produzem gametas que se encontram na água (fecundação externa). Forma-se o zigoto, ocorre o desenvolvimento embrionário e surge uma larva ciliada, a plânula, que constitui uma importante forma de dispersão da espécie. Fixando-se a um substrato apropriado, a larva transforma-se em um novo pólipo, que acaba gerando novo polipeiro.
 

Classe Scyphozoa


  Na classe dos cifozoários, as formas predominantes e sexuadas são bonitas medusas de cores variadas, as verdadeiras "águas-vivas", freqüentemente vistas em nosso litoral. Os pólipos são pequenos e correspondem a fase assexuada, pouco duradoura.
  As medusas têm formato de guarda-chuva e são diferentes das do grupo dos hidrozoários. Podem alcançar de 2 a 40 cm de diâmetro. A gigante do grupo é uma medusa do Atlântico Norte, que chega a 2 metros de diâmetro.
   No caso da espécie Aurelia aurita, a fecundação é interna. A plânula nada durante um certo tempo e origina um pólipo fixo, o cifístoma. Esse pequeno pólipo é a geração assexuada e se reproduz por um processo conhecido por estrobilação. Nesse processo, fragmentações sucessivas do corpo do pólipo formam uma pilha de discos que permanecem amontoados uns sobre os outros. Cada disco, uma éfira (medusa jovem), destaca-se e, após certo tempo de crescimento, origina uma medusa adulta, fechando-se o ciclo.



Classe Anthozoa



  Anêmonas e corais são os representantes mais conhecidos dessa classe. As anêmonas são facilmente vistas no nosso litoral, principalmente na maré baixa, sobre rochas emersas ou enterradas na areia por ente as rochas.

  A forma de muitos corais é variada. Alguns possuem formato de pequenas árvores, outros lembram grandes penas coloridas e outros, ainda, possuem formato escultural, como é o caso do famoso coral "cérebro", cujo aspecto lembra os sulcos e circunvoluções existentes no cérebro humano.
Os antozoários freqüentemente se reproduzem por brotamento ou fragmentação. A reprodução sexuada envolve a formação e a fusão dos gametas e habitualmente existe uma larva plânula antecedendo a fase adulta.
  Como na classe dos antozoários só há a forma pólipo, não existe metagênese. Após a reprodução sexuada dos pólipos, as larvas plânulas se diferenciam diretamente em novos pólipos. A organização dos pólipos dessa classe é mais complexa que nas outras classes.

Os corais


 Ao contrário das anêmonas, geralmente solitárias, os corais são coloniais na imensa maioria das espécies. São pólipos muito pequenos, bem menores que as anêmonas.
Como se reproduzem assexuadamente por brotamento e os brotos não se separam, eles vão constituindo grandes agrupamentos coloniais. E, como cada pólipo constrói ao redor de si um esqueleto geralmente constituído de calcário (carbonato de cálcio), todos os esqueletos acabam se juntando, o que origina uma grande formação calcária comum à colônia.





PORIFERA:

   O filo Porífera tem representantes no ambiente marinho e no de água doce. São animais de estrutura corpórea mais simples,sem tecidos diferenciados.
    As esponjas vivem fixas ao substrato e obtêm o alimento necessário à sobrevivência basicamente por filtração de diminutas partículas alimentares, presentes em suspensão na água,que fazem circular pelo seu corpo. São ,assim,animais filtradores. Essa circulação de água é importante também para trocas gasosas,alimentação de resíduos e reprodução. Não possuem células nervosas,sensoriais nem musculares,mas conseguem perceber estímulos do meio e responder a eles,como já fazia seu ancestral protista.
   Nas esponjas,passou a haver comunicação entre as células,com a transmissão de informações entre elas.
   As esponjas podem viver como indivíduos isolados ou colonias,mas sempre fixas a um substrato. São geralmente pequenas,medindo alguns centímetros de altura,as existem espécies cujos representantes medem até cerca de 2 metros de altura e 3 metros de diâmetro. As esponjas podem,por exemplo,ter o formato de vaso ou formar crostas. A cor pode ser amarela,cinza ou vermelha,dentre outras.

ESTRUTURA DAS ESPONJAS:


  • Pinacócitos – células achatadas de revestimento da parte externa, formando uma espécie de epiderme designada pinacoderme (embora não seja um verdadeiro tecido);
  • Coanócitos– células flageladas com uma expansão membranosa em forma de colarinho,  que revestem o espongiocélio e outras câmaras vibráteis internas das esponjas. O movimento dos seus flagelos cria a corrente de água que traz nutrientes e gases. Os nutrientes são filtrados pelo “colarinho” da célula, que não é uma estrutura sólida, mas antes um conjunto de pequenos bastonetes erectos e separados por espaços. Qualquer partícula orgânica ou microrganismo plantônico aprisionado no colarinho é encaminhado para baixo, em direção ao corpo celular e endocitado, ocorrendo uma digestão intracelular, em vacúolos digestivos. Posteriormente os nutrientes são difundidos para a mesogleia ou célula a célula.
  • Amebócitos– células livres de vários tipos que se deslocam por movimentos amebóides, presentes no mesênquima ou mesogleia (substância gelatinosa localizada entre as camadas de pinacócitos e coanócitos) e que são responsáveis pelo crescimento e capacidade de regeneração, pois podem originar todos os restantes tipos de célula (exceto os coanócitos) e produzir as espículas do esqueleto. Estas células podem, ainda, transferir os nutrientes presentes na mesogleia para as restantes células e retirar os produtos de excreção para o espongiocélio. São, ainda, responsáveis pela formação dos gametas;
  • Porócitos– células dotadas de um poro central, designado poro inalante, que as atravessa de lado a lado. Localizam-se a espaços regulares na parede do corpo da esponja, sendo através delas que a água penetra no espongiocélio. Estas microscópicas aberturas podem ser reguladas pelo animal.

REPRODUÇÃO DOS PORÍFEROS:


  Entre as esponjas, ocorrem reprodução assexual e reprodução sexual. A reprodução assexual se faz através do brotamento. Os brotos crescem ligados ao corpo, podendo se soltar em determinados momentos e formar um novo organismo.

   Algumas espécies de esponjas de água doce formam brotos internos, chamados gêmulas. Possibilitam a sobrevivência da esponja em condições adversas, como o frio intenso. As gêmulas se formam a partir de células amebóides do mesênquima, que se enchem de substâncias nutritivas e são circundadas por um envoltório resistente. Com a morte da esponja, o seu corpo se desintegra e libera as gêmulas. Quando as condições ambientais voltam a ser favoráveis, as gêmulas liberam suas massas celulares internas, que se desenvolvem e originam novas esponjas.
   Como são formadas por tecidos pouco diferenciados, as esponjas têm um elevado poder de regeneração. Ao se passar uma esponja por uma peneira, fragmentando-se o seu corpo em centenas de pequenos pedaços, as células se reorganizam e formam centenas de novas esponjas.

   A reprodução sexual depende da formação de gametas a partir de diferenciação de algumas células presentes no mesênquima. Há espécies hermafroditas e espécies com sexos separados. A corrente de água leva os espermatozoides ao encontro dos óvulos, e a fecundação (fusão dos gametas masculino e feminino) ocorre no mesênquima. O desenvolvimento embrionário é indireto, pois há passagem por um fase larvária, chamada anfiblástula.
Empregamos, no parágrafo anterior, alguns conceitos importantes relacionados com a reprodução e que serão empregados diversas vezes no nosso curso de Zoologia. Vamos defini-los melhor.
Animais hermafroditas são os que possuem, em um mesmo organismo, sistemas reprodutores masculino e feminino. Esses hermafroditas podem ser monóicos, quando apenas um indivíduo forma gametas masculinos (espermatozoides) e femininos (óvulos) que se fundem e originam um novo indivíduo. Esse evento se chama autofecundação. A tênia (ou "solitária") é um exemplo de hermafrodita monoico.
  Há, também, hermafroditas dióicos. São animais que, embora produzam gametas masculino e feminino, os gametas masculinos de um organismo não são capazes de fecundar os gametas femininos do mesmo organismo, havendo a necessidade de dois indivíduos para que ocorra a fecundação, que recebe o nome de fecundação cruzada.As minhocas são hermafroditas dioicos. Embora um mesmo animal produza espermatozoides e óvulos, a fecundação acontece entre os espermatozoides de um animal e os óvulos do outro, e vice-versa.
       

INTRODUÇÃO AOS ANIMAIS E ESTUDO DE PORIFERA E DE CNIDARIA:

         O Reino Animalia é definido segundo características comuns a todos os animais: organismos eucariontes, multicelularesheterotróficos, que obtêm seu alimento por ingestão de nutrientes do meio.
   Mesmo dentro de critérios assim tão amplos, podemos encontrar exceções, em funções de fatores diversos, como a adaptação de organismos a meios de vida especiais. É o que ocorre, por exemplo, com alguns endoparasitas que perderam a capacidade de ingestão de nutrientes, obtendo-os por absorção direta dos líquidos do corpo dos organismos parasitados. Todos os animais começam seu desenvolvimento a partir de uma célula-ovo ou zigoto, que surge da fecundação do óvulo pelo espermatozoide. Assim, a reprodução sexuada sempre está presente nos ciclos de vida dos animais. Isso não significa que a reprodução assexuada não aconteça; ela ocorre e é muito importante em alguns grupos.
   A partir do zigoto, inicia-se o desenvolvimento embrionário, que passa pelas fases de mórula, blástula e gástrula. São vários os tipos de desenvolvimento embrionário, mas, apenas para exemplificação, vamos representar a seguir todas essas fases, desde o zigoto até a gástrula, considerando o padrão mais fácil para o entendimento básico de como elas ocorrem.
  Alguns animais desenvolvem-se até um conjunto de células que não chega a formar tecidos verdadeiros, enquanto a maioria atinge níveis de organização superiores a tecidos, tais como órgãos e sistemas. É possível, assim, distinguir dois grandes grupos:


  • Parazoa (parazoário; pará = ao lado, zoa = animal): representado pelos Porífera (esponjas), no qual não há a formação de tecidos verdadeiros.
  • Eumetazoa (eumetazoários; eu = verdadeiros, metazoário = animal): representados por todos os outros animais que possuem tecido diferenciado.   
Dentre os Eumetazoa distinguem-se dois outros grupos: o dos organismos que não passam do nível de organização superior a tecidos, do qual fazem parte os cnidários, e o dos organismos que já apresentam os órgãos em sistemas definidos, compreendendo a maioria dos Eumetazoa.

NÚMERO DE FOLHETOS GERMINATIVOS:


Alguns animais são formados, em sua fase embrionária, por apenas duas camadas de células (derivadas da ectoderme e da endoderme). Esses animais são considerados diblásticos (ou diploblásticos), como, por exemplo, os cnidários.
Outros animais, em sua fase embrionária, são constituídos por três camadas de células, derivadas da ectoderme, da endoderme e da mesoderme. São os chamados triblásticos (ou triploblásticos), como, por exemplo, os vermes, os moluscos, os artrópodes, os equinodermos e os cordados. 

CELOMA:

   Nos animais triblásticos, pode ou não existir celoma, a cavidade geral do corpo, que serve de espaço para os órgãos internos (vísceras). Quando não há celoma, os animais são ditos acelomados, como os vermes de corpo achatado - os platelmintos.
Entre os que possuem cavidade geral do corpo, é possível distinguir entre os pseudocelomados e os celomados verdadeiros (ou, simplesmente, celomados). Os primeiros possuem falso celoma, assim chamado por não ser uma cavidade inteiramente forrada por tecido mesodérmico. A mesoderme apenas reveste a superfície interna da parede do corpo, deixando de faze-lo na parede intestinal, como acontece com os vermes de corpo cilíndrico, chamados nematelmintos.
Nos celomas verdadeiros, tanto a face interna da parede do corpo como a face externa da parede intestinal são revestidas por mesoderme e a cavidade geral do corpo é, assim, um verdadeiro celoma - como, por exemplo, nos vermes segmentados, nos artrópodes, nos moluscos, nos equinodermos e nos cordados.

BLASTÓPORO:

 Outra característica embriológica dos animais triblásticos é a relacionada ao surgimento da boca.
Quando a boca é derivada do blastóporo (a abertura do arquêntero para o meio externo), dizemos que os animais são protostômios (do grego, proto = primitivo, stoma = boca), o que inclui desde os platelmintos até os artrópodes. Se o blastóporo originar o ânus (e a boca se originar na extremidade oposta, como um novo orifício), dizemos que os animais são deuterostômios (do grego, deutero = secundário, o que veio depois).

REINO FUNGI

    Conhecidos popularmente pelos bolores,mofos,leveduras,cogumelos-de-chapéu e orelha-de-pau. São organismos eucariontes que incorporam seus alimentos por absorção: as células do corpo dos fungos secretam enzimas digestivas que processam e digerem a matéria orgânica presente no meio, possibilitando a absorção. 

ESTRUTURA CORPORAL: 


    O corpo dos fungos é formado primitivamente por filamentos delgados chamado de hifas, cujo conjunto forma o micélio , que não é um tecido verdadeiro.
    Em algumas espécies de fungo, as hifas são formadas por uma massa citoplasmática única na qual estão imersos vários núcleos,falando-se em hifas cenocíticas.Em outras espécies, essas hifas apresentam septos transversais internos que delimitam compartimentos citoplasmáticos com um ou dois núcleos. Nesses septos existem poros por onde há comunicação do citoplasma de cada compartimento vizinho. Essas hifas são chamadas septadas




    Esses dois casos não são as únicas formas que um fungo pode ser estruturado. Em alguns grupos de fungos ocorre a perda desse padrão de organização do corpo, em hifas e micélios, passando a uma condição unicelular, como nas leveduras.




  Dentro das estruturas de organização corporal, há a classificação em dois filos caso o fungo possua micélio, podendo este ser vegetativo ou reprodutor. O micélio vegetativo é formado por hifas que vivem imersas no substrato e dele retiram o alimento necessário para a sobrevivência do fungo. Em ambiente úmido e rico em matéria orgânica, as hifas desse micélio podem crescer rapidamente. Esse crescimento ocorre nas extremidades das hifas, que vão penetrando cada vez mais no substrato, explorando-o nas obtenção de alimento. O micélio reprodutor é composto de hifas responsáveis pela formação de esporos, células com envoltório resistente que,ao germinarem, dão origem a um novo indivíduo . Essas hifas geralmente se desenvolvem para fora do substrato, o que propicia a dispersão dos esporos.Em várias espécies de fungo as hifas organizam-se em estruturas reprodutivas especiais chamadas corpos de frutificação, onde ocorre a formação de esporos. Um exemplo é o cogumelo, que é o corpo de frutificação de certos tipos de fungo.
    As células dos fungos possuem parede celular formada basicamente por quitina,polissacarídeo presente também em estruturas de certos animais,como as carapaças de artrópodes. 

CLASSIFICAÇÃO GERAL DOS FUNGOS:


    Classificar fungos não é tarefa fácil. Trata-se de um grupo muito antigo (mais de 540 milhões de anos) e existem muitas dúvidas a respeito de sua origem e evolução.A classificação que tem tido maior aceitação baseia-se principalmente nos tipos de esporo formados durante os ciclos de vida desses organismos.
Os ciclos de vida dos fungos são divididos em duas fases: uma assexuada e outra sexuada.
   A fase assexuada é caracterizada pela formação de esporos por mitose.E muitos fungos permanecem longos períodos na fase assexuada mas,especialmente quando ocorrem alterações ambientais, há estimulo para que tenha início a fase sexuada. 
A fase sexuada é caracterizada pela formação de esporos por meiose. Estes não se movem por si mesmos;são disseminados pelo vento. Nessa fase, hifas procedentes de micélios distintos aproxima-se e se unem. Num primeiro momento ocorre a fusão do citoplasma dessas hifas sem que haja fusão dos núcleos,fenômeno chamado plasmogamia. Assim, num mesmo citoplasma existem núcleos haplóides provenientes de hifas distintas. Esses fungos podem permanecer nesse estágio,que é chamado de dicariótico, por muito tempo, para somente depois ocorrer a fusão dos núcleos n,processo denominado cariogamia. Formam-se,então,núcleos diplóides que sofrem meiose,originando esporos haplóides que são liberados,reiniciando o ciclo.

Os quitridiomicetos, constituídos por cerca de 790 espécies, são os prováveis ancestrais dos fungos. Vivem em meio aquático e em solos úmidos próximos a represas, rios e lagos. Vivem da absorção da matéria orgânica que decompõe e, muitas vezes, parasitam algas, protozoários, outros fungos, plantas e animais. Algumas espécies causam considerável prejuízo em plantas de cultivo (alfafa e milho).

    Os ascomicetos, com cerca de 32.000 espécies, são os que formam estruturas reprodutivas sexuadas, conhecidas como ascos, dentro das quais são produzidos esporos meióticos, os ascósporos. Incluem diversos tipos de bolores, as trufas, as Morchellas, todos filamentos, e as leveduras (Saccharomyces sp.), que são unicelulares.
   


   Os basidiomicetos, com cerca de 22.000 espécies, são os que produzem estruturas reprodutoras sexuadas, denominadas de basídios, produtores de esporos meióticos, os basidiósporos. O grupo inclui cogumelos, orelhas-de-pau, as ferrugens e os carvões, esses dois últimos causadores de doenças em plantas.


  


  Os deuteromicetos, ou fungos conidiais, que já foram conhecidos como fungos imperfeitos, constituem um grupo de fungos que não se enquadra no dos anteriores citados. Em muitos deles, a fase sexuada não é conhecida ou pode ter sido simplesmente perdida ao longo do processo evolutivo. De modo geral, reproduzem-se assexuadamente por meio da produção de conidiósporos. A esse grupo pertencem diversas espécies de Penicillium (entre as quais a que produz penicilina) e Aspergillus (algumas espécies produzem toxinas cancerígenas).
  

  Os zigomicetos, com cerca de 1.000 espécies, são fungos profusamente distribuídos pelo ambiente, podendo atuar como decompositores ou como parasitas de animais. Os mais conhecidos é o Rhizobux stolonifer, bolor que cresce em frutas, pães e doces - seu corpo de frutificação é uma penugem branca que lembra filamentos de algodão, recheados de pontos escuros que representam os esporângios.
    


LIQUENS:

   Os líquens são associações geralmente mutualísticas entre fungos e algas verdes unicelulares,ou entre fungos e cianobactérias. Os fungos que participam dessa associação comumente são ascomicetos ou,mais raramente,basidiomicetos.

Nos líquens,a alga,que é autótrofa,realiza fotossíntese e ,assim produz alimento para ela e para o fungo.Este,que é heterótrofo,oferece proteção à alga,além de reter sais e umidade,necessários a ambos.

   Os líquens podem se instalar em troncos de árvores,rochas,muros e postes.O formato dos líquens varia muito de espécie para espécie,como exemplificado por representantes dos gêneros Parmelia e Usnea.