quarta-feira, 27 de maio de 2015

PORIFERA:

   O filo Porífera tem representantes no ambiente marinho e no de água doce. São animais de estrutura corpórea mais simples,sem tecidos diferenciados.
    As esponjas vivem fixas ao substrato e obtêm o alimento necessário à sobrevivência basicamente por filtração de diminutas partículas alimentares, presentes em suspensão na água,que fazem circular pelo seu corpo. São ,assim,animais filtradores. Essa circulação de água é importante também para trocas gasosas,alimentação de resíduos e reprodução. Não possuem células nervosas,sensoriais nem musculares,mas conseguem perceber estímulos do meio e responder a eles,como já fazia seu ancestral protista.
   Nas esponjas,passou a haver comunicação entre as células,com a transmissão de informações entre elas.
   As esponjas podem viver como indivíduos isolados ou colonias,mas sempre fixas a um substrato. São geralmente pequenas,medindo alguns centímetros de altura,as existem espécies cujos representantes medem até cerca de 2 metros de altura e 3 metros de diâmetro. As esponjas podem,por exemplo,ter o formato de vaso ou formar crostas. A cor pode ser amarela,cinza ou vermelha,dentre outras.

ESTRUTURA DAS ESPONJAS:


  • Pinacócitos – células achatadas de revestimento da parte externa, formando uma espécie de epiderme designada pinacoderme (embora não seja um verdadeiro tecido);
  • Coanócitos– células flageladas com uma expansão membranosa em forma de colarinho,  que revestem o espongiocélio e outras câmaras vibráteis internas das esponjas. O movimento dos seus flagelos cria a corrente de água que traz nutrientes e gases. Os nutrientes são filtrados pelo “colarinho” da célula, que não é uma estrutura sólida, mas antes um conjunto de pequenos bastonetes erectos e separados por espaços. Qualquer partícula orgânica ou microrganismo plantônico aprisionado no colarinho é encaminhado para baixo, em direção ao corpo celular e endocitado, ocorrendo uma digestão intracelular, em vacúolos digestivos. Posteriormente os nutrientes são difundidos para a mesogleia ou célula a célula.
  • Amebócitos– células livres de vários tipos que se deslocam por movimentos amebóides, presentes no mesênquima ou mesogleia (substância gelatinosa localizada entre as camadas de pinacócitos e coanócitos) e que são responsáveis pelo crescimento e capacidade de regeneração, pois podem originar todos os restantes tipos de célula (exceto os coanócitos) e produzir as espículas do esqueleto. Estas células podem, ainda, transferir os nutrientes presentes na mesogleia para as restantes células e retirar os produtos de excreção para o espongiocélio. São, ainda, responsáveis pela formação dos gametas;
  • Porócitos– células dotadas de um poro central, designado poro inalante, que as atravessa de lado a lado. Localizam-se a espaços regulares na parede do corpo da esponja, sendo através delas que a água penetra no espongiocélio. Estas microscópicas aberturas podem ser reguladas pelo animal.

REPRODUÇÃO DOS PORÍFEROS:


  Entre as esponjas, ocorrem reprodução assexual e reprodução sexual. A reprodução assexual se faz através do brotamento. Os brotos crescem ligados ao corpo, podendo se soltar em determinados momentos e formar um novo organismo.

   Algumas espécies de esponjas de água doce formam brotos internos, chamados gêmulas. Possibilitam a sobrevivência da esponja em condições adversas, como o frio intenso. As gêmulas se formam a partir de células amebóides do mesênquima, que se enchem de substâncias nutritivas e são circundadas por um envoltório resistente. Com a morte da esponja, o seu corpo se desintegra e libera as gêmulas. Quando as condições ambientais voltam a ser favoráveis, as gêmulas liberam suas massas celulares internas, que se desenvolvem e originam novas esponjas.
   Como são formadas por tecidos pouco diferenciados, as esponjas têm um elevado poder de regeneração. Ao se passar uma esponja por uma peneira, fragmentando-se o seu corpo em centenas de pequenos pedaços, as células se reorganizam e formam centenas de novas esponjas.

   A reprodução sexual depende da formação de gametas a partir de diferenciação de algumas células presentes no mesênquima. Há espécies hermafroditas e espécies com sexos separados. A corrente de água leva os espermatozoides ao encontro dos óvulos, e a fecundação (fusão dos gametas masculino e feminino) ocorre no mesênquima. O desenvolvimento embrionário é indireto, pois há passagem por um fase larvária, chamada anfiblástula.
Empregamos, no parágrafo anterior, alguns conceitos importantes relacionados com a reprodução e que serão empregados diversas vezes no nosso curso de Zoologia. Vamos defini-los melhor.
Animais hermafroditas são os que possuem, em um mesmo organismo, sistemas reprodutores masculino e feminino. Esses hermafroditas podem ser monóicos, quando apenas um indivíduo forma gametas masculinos (espermatozoides) e femininos (óvulos) que se fundem e originam um novo indivíduo. Esse evento se chama autofecundação. A tênia (ou "solitária") é um exemplo de hermafrodita monoico.
  Há, também, hermafroditas dióicos. São animais que, embora produzam gametas masculino e feminino, os gametas masculinos de um organismo não são capazes de fecundar os gametas femininos do mesmo organismo, havendo a necessidade de dois indivíduos para que ocorra a fecundação, que recebe o nome de fecundação cruzada.As minhocas são hermafroditas dioicos. Embora um mesmo animal produza espermatozoides e óvulos, a fecundação acontece entre os espermatozoides de um animal e os óvulos do outro, e vice-versa.
       

Nenhum comentário:

Postar um comentário