quarta-feira, 27 de maio de 2015

INTRODUÇÃO AOS ANIMAIS E ESTUDO DE PORIFERA E DE CNIDARIA:

         O Reino Animalia é definido segundo características comuns a todos os animais: organismos eucariontes, multicelularesheterotróficos, que obtêm seu alimento por ingestão de nutrientes do meio.
   Mesmo dentro de critérios assim tão amplos, podemos encontrar exceções, em funções de fatores diversos, como a adaptação de organismos a meios de vida especiais. É o que ocorre, por exemplo, com alguns endoparasitas que perderam a capacidade de ingestão de nutrientes, obtendo-os por absorção direta dos líquidos do corpo dos organismos parasitados. Todos os animais começam seu desenvolvimento a partir de uma célula-ovo ou zigoto, que surge da fecundação do óvulo pelo espermatozoide. Assim, a reprodução sexuada sempre está presente nos ciclos de vida dos animais. Isso não significa que a reprodução assexuada não aconteça; ela ocorre e é muito importante em alguns grupos.
   A partir do zigoto, inicia-se o desenvolvimento embrionário, que passa pelas fases de mórula, blástula e gástrula. São vários os tipos de desenvolvimento embrionário, mas, apenas para exemplificação, vamos representar a seguir todas essas fases, desde o zigoto até a gástrula, considerando o padrão mais fácil para o entendimento básico de como elas ocorrem.
  Alguns animais desenvolvem-se até um conjunto de células que não chega a formar tecidos verdadeiros, enquanto a maioria atinge níveis de organização superiores a tecidos, tais como órgãos e sistemas. É possível, assim, distinguir dois grandes grupos:


  • Parazoa (parazoário; pará = ao lado, zoa = animal): representado pelos Porífera (esponjas), no qual não há a formação de tecidos verdadeiros.
  • Eumetazoa (eumetazoários; eu = verdadeiros, metazoário = animal): representados por todos os outros animais que possuem tecido diferenciado.   
Dentre os Eumetazoa distinguem-se dois outros grupos: o dos organismos que não passam do nível de organização superior a tecidos, do qual fazem parte os cnidários, e o dos organismos que já apresentam os órgãos em sistemas definidos, compreendendo a maioria dos Eumetazoa.

NÚMERO DE FOLHETOS GERMINATIVOS:


Alguns animais são formados, em sua fase embrionária, por apenas duas camadas de células (derivadas da ectoderme e da endoderme). Esses animais são considerados diblásticos (ou diploblásticos), como, por exemplo, os cnidários.
Outros animais, em sua fase embrionária, são constituídos por três camadas de células, derivadas da ectoderme, da endoderme e da mesoderme. São os chamados triblásticos (ou triploblásticos), como, por exemplo, os vermes, os moluscos, os artrópodes, os equinodermos e os cordados. 

CELOMA:

   Nos animais triblásticos, pode ou não existir celoma, a cavidade geral do corpo, que serve de espaço para os órgãos internos (vísceras). Quando não há celoma, os animais são ditos acelomados, como os vermes de corpo achatado - os platelmintos.
Entre os que possuem cavidade geral do corpo, é possível distinguir entre os pseudocelomados e os celomados verdadeiros (ou, simplesmente, celomados). Os primeiros possuem falso celoma, assim chamado por não ser uma cavidade inteiramente forrada por tecido mesodérmico. A mesoderme apenas reveste a superfície interna da parede do corpo, deixando de faze-lo na parede intestinal, como acontece com os vermes de corpo cilíndrico, chamados nematelmintos.
Nos celomas verdadeiros, tanto a face interna da parede do corpo como a face externa da parede intestinal são revestidas por mesoderme e a cavidade geral do corpo é, assim, um verdadeiro celoma - como, por exemplo, nos vermes segmentados, nos artrópodes, nos moluscos, nos equinodermos e nos cordados.

BLASTÓPORO:

 Outra característica embriológica dos animais triblásticos é a relacionada ao surgimento da boca.
Quando a boca é derivada do blastóporo (a abertura do arquêntero para o meio externo), dizemos que os animais são protostômios (do grego, proto = primitivo, stoma = boca), o que inclui desde os platelmintos até os artrópodes. Se o blastóporo originar o ânus (e a boca se originar na extremidade oposta, como um novo orifício), dizemos que os animais são deuterostômios (do grego, deutero = secundário, o que veio depois).

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