A palavra espécie vem do latim e significa "tipo" ou "aparência." Para determinar uma espécie os biólogos comparam a morfologia e as seqüências de DNA, confirmando que espécies morfologicamente distintas são realmente grupos separados com muitas diferenças inclusive em seu DNA.

- -Conceito Filogenético de Espécie: espécie seria o menor grupo de indivíduos que compartilham um acestral (Reino, Filo, Classe, Ordem, Família, Gênero e Espécie).
- -Conceito Morfológico de espécie: classifica os seres vivos pela forma do corpo e outras características estruturais. Pode ser aplicada a organismo de reprodução tanto sexuada quanto assexuada, porém é baseada em critérios subjetivos, onde uma característica importante em uma espécie para um cientista pode não ser para outro.
- -Conceito ecológico de espécie: enfatiza o processo da seleção natural à medida que organismos se adaptam a diferentes ambiente, classificando os seres em termo de nicho ecológico, ou seja, como esse seres da mesma espécie interagem entre si e com o ambiente em que vivem. Aplicável a seres sexuados e assexuados.
O surgimento de novas espécies se dá pelo processo de Especiação: uma espécie se divide em duas ou mais espécies, formando novos grupos distintos entre si. A Especiação permite a enorme diversidade da vida; permite entender as diferenças entre os seres vivos mas também suas semelhanças, pois quando ocorre especiação, as novas espécies compartilham muitos genes da espécie anterior, pois são descendentes desta.
Assim, de acordo com o conceito biológico de espécie de Ernst Mayr, a formação de novas espécies depende do isolamento reprodutivo (barreiras biológicas que impedem que seres de espécies diferentes reproduzam e tenham prole fértil).
As barreiras biológicas podem ser de dois tipos:
pré-zigóticas, evitando o cruzamento ou evitando a fertilização caso haja cruzamento pelo isolamento de habitat (nunca irão se encontrar), isolamento temporal (épocas reprodutivas distintas), isolamento comportamental (rituais de acasalamento distintos), isolamento mecânico (diferenças morfológicas) e isolamento gamético (gametas não se fertilizam);
Se o espermatozóide de uma espécie conseguir ultrapassar essas barreiras para fecundar o óvulo de outra espécie, os seres desenvolveram outro tipo de barreira pós-zigótico, quando inclusive nasce um ser híbrido originário de duas espécie, mas este ser não é fértil, não podendo gerar uma nova espécie a partir do cruzamento de duas anteriores um híbrido tem sua viabilidade reduzida (mal desenvolvimento impedindo a sobrevivência), não fértil (cromossomos de seus pais diferem no número ou na estrutura) ou colapso do híbrido (quando a primeira geração é fértil mas seus descendentes não).
O isolamento reprodutivo ocorre a partir da diminuição do fluxo gênico entre as populações. Quando a especiação ocorre por Cladogênese é porque a diminuição do fluxo gênico foi desencadeada pelo isolamento geográfico -- por exemplo: um rio mudar seu curso atravessando um habitat e separando animais que não conseguem atravessá-lo, deriva continental, ficando os seres em alopatria (diferente local de nascimento). Assim o fluxo gênico diminui entre as duas populações separadas, levando a ocorrência de mutações genéticas que ocorrem em uma população não ocorram em outra e a adaptação a ambientes (Seleção Natural) diferentes leva à diversificação dos isolados populacionais, de modo que seus genes, características morfológicas e fisiológicas vão se tornando cada vez mais diferentes, chegando ao isolamento reprodutivo e determinando uma nova espécie.
Quando a especiação ocorre por Anagênese não há isolamento geográfico, os indivíduos permanecem em simpatria (mesmo local de nascimento) quando ocorre um acidenta na divisão celular modificando os cromossomos ou mudanças dentro do habitat, assim uma espécie pode originar uma subespécie mais adaptada ao ambiente e extinguindo a espécie anterior.
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